CONTEÚDO A SER TRABALHO COM OS MEUS ALUNOS NO BLOG
(COMO FAZER UMA
COMPOSTAGEM)
O que é compostagem? Como funciona? Quais
são os benefícios para o meio ambiente e para a sociedade?
A compostagem é
um processo natural de decomposição de materiais orgânicos pela ação de microrganismos,
cujo produto final é o "húmus", um adubo natural de ótima qualidade
para plantas. A técnica pode ser feita com o uso de uma caixa apropriada, mesmo
dentro de ambientes pequenos, como apartamentos, e é defendida por
ambientalistas.
Assista um excelente vídeo
no you tube: Compostagem.
Você pode colocar o vídeo do lado da sua composteira e mostrá-lo aos visitantes
do seu trabalho antes da explicação.
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COMO FAZER A COMPOSTEIRA
Compostagem é como cozinhar, com muitas receitas e variações, você
faz sucesso! Esta poderá ser uma aproximação simples:
1- Pegue uma vasilha de plástico ou de madeira, (o tamanho vai
depender da quantidade de lixo que você e sua família produz), nessa vasilha
faça furos na parte de baixo para que saia os líquidos (chorume) produzido no
processo.
2 - Coloque a vasilha furada no jardim de sua casa, se você mora
em apartamento coloque na cozinha e por baixo da vasilha coloque uma caixa com
terra para absorver o chorume e não deixar cheiro ruim.
3 - A vasilha deve ter tampa.
Para iniciar o processo de compostagem:
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Composteira com separador de terra adubada
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a) coloque um pouco de
terra seca no fundo da vasilha; (essa terra absolve a umidade dos resíduos
orgânicos)
b recolha folhas, erva
e aparas de jardim e coloque por cima da terra;
c) coloque os
resíduos orgânicos como restos de vegetais e cascas de ovos.
d) coloque um pouco de
esterco por cima dos restos orgânicos para acelerar o processo de decomposição.
e) coloque sobra de
borra de café, as borras de café ajudaram a espantar animais indesejáveis como
formigas, além de evitar o mau-cheiro.
f) Tampe a composteira
e a cada três dias abra-a e revire o composto.
No
final de aproximadamente três meses, surge uma terra totalmente adubada para
poder nutrir as plantas cultivadas em casa.
Todos
os passos para produção da composteira e montagem estão no vídeo (dentro do
blog): compostagem e melhor
solução para lixo
Para
uma compostagem rápida (1-3 meses) alternar camadas de misturas verdes e
materiais secos. Para arejar o empilhado, remexa e retalhe os materiais em bocados
mais pequenos e umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3-6 ou mais meses)
adicionar, continuamente, material ao caixote e manter a umidade. É simples e
novas receitas dentro deste contexto se encaixam perfeitamente!
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Modelo de composteira
feita de bambu
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Observação: Restos comida, serão bem vidros, mas alimentos de
origem animal (carne) podem atrair ratos e pragas do gênero.
Baixe o folheto sobre compostagem e faça cartazes sobre o assunto: folheto de compostagem
Leia as informações a seguir e fique mais ainda
por dentro desse método ecológico.
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS DA
COMPOSTAGEM
Teor de Umidade
O
teor ótimo de umidade para compostagem aeróbica compreende-se entre 50 a 60%. O
ajuste de umidade pode ser feito por mistura de componentes. Na prática também
se verifica que depende da eficácia do arejamento (manual ou mecânica) da massa
em compostagem, nas características físicas dos resíduos (estrutura, porosidade
etc.) e na carência microbiológica da água. Altos teores (~ 65%) fazem com que
a água ocupe os espaços vazios da massa, impedindo a livre passagem do
oxigênio, o que poderá provocar o aparecimento de zonas de anaerobiose.
Baixos teores de umidade (inferiores a 40%), inibem, por sua vez,
a atividade microbiológica, diminuindo a taxa de estabilização.
O teor ótimo de umidade é de, aproximadamente, de 55%.
Controle de odores
A maior parte dos problemas de odores nos processos de compostagem
aeróbia estão associados ao desenvolvimento de condições anaeróbias na pilha de
compostagem.
Em
grandes processos de compostagem aeróbia é comum encontrar fragmentos de
revistas, livros e outros compostos orgânicos que não são compostados num
espaço curto de tempo, e como o oxigênio nem sempre é suficiente,
desenvolvem-se condições anaeróbias. Nestas circunstâncias, há produção de
ácidos orgânicos que emitem odores intensos. Para minimizar os potenciais
problemas de odores é importante reduzir o tamanho das partículas, retirar
plásticos e outros materiais não biodegradáveis do material orgânico para
compostar.
Qualidade do produto final
A qualidade do
composto obtido pode ser definida em termos de composição de nutrientes e de
matéria orgânica, pH, textura, distribuição do tamanho das partículas,
percentagem de sais, odor residual, grau de estabilidade e maturação, presença
de organismos patogênicos e concentração de metais pesados. Infelizmente, estes
valores são bastante variáveis e não existe consenso quanto às quantidades
ideais para estes parâmetros.
Para além do composto ser calibrado pode-se
considerar que ocorre uma triagem biológica, já que as minhocas tendem a
recuperar o material orgânico ligado ao inorgânico, valorizando também os
inertes, dado que ficam mais limpos. Relativamente à qualidade do composto
verifica-se uma melhoria tendo em consideração que à digestão das minhocas
estão associadas enzimas e microrganismos. O processo de digestão demora menos
de dois meses, permitindo que seja feito em espaços cobertos, em condições
ambientais controladas.
PROBLEMAS
Os principais problemas associados à utilização do processo de
compostagem são: os maus odores, os riscos para a saúde pública, a presença de
metais pesados e a definição do que constitui um composto aceitável. A
separação de plásticos e papéis também pode constituir um problema, pois, uma
grande quantidade de papel reduz a proporção de nutrientes orgânicos e
plásticos são muito lentos em sua decomposição, reduzindo a homogeneidade do
composto. A não ser que estas questões sejam resolvidas e controladas, a
compostagem pode tornar-se numa técnica inviável.
Produção de odores
Sem um
controle apropriado do processo, a produção de odores pode tornar-se um
problema. Como consequência a escolha da localização da estação de compostagem,
o design do processo e a gestão do odor biológico são de extrema importância.
Produção de biogás
Esta é também uma consequência indireta da compostagem, pois, está
relacionada com a deposição de materiais em aterro. A formação de biogás nos
aterros pode ser bastante nociva para o ambiente, uma vez que, ocorre uma
grande libertação de metano para a atmosfera que contribui para o aumento do
efeito estufa. Constitui também um risco para a segurança do próprio aterro,
uma vez que, pode provocar explosões. Existem processos que permitem a recolha
deste gás para posterior combustão ou aproveitamento energético.
Riscos para a saúde pública
Se a operação
de compostagem não for conduzida adequadamente existem fortes probabilidades de
os organismos patogênicos sobreviverem ao processo. A ausência de microrganismos
patogênicos no composto final é extremamente importante, uma vez, que este vai
ser utilizado em aplicações às quais as pessoas vão estar diretamente expostas.
No entanto, o controle desses microrganismos pode ser facilmente alcançado,
quando o processo é eficiente e controlado. A maior parte dos microrganismos
patogênicos são facilmente destruídos às temperaturas e tempos de exposição
utilizados nas operações de compostagem (55ºC durante 15 a 20 dias).
Presença de metais pesados
Pode
afetar todas as operações de compostagem, mas principalmente, aquelas onde se
utilizam esfarrapadoras mecânicas. Quando os metais dos resíduos sólidos são
desfeitos, as partículas metálicas que se formam podem ficar agarradas aos
materiais mais leves. Depois da compostagem estes materiais vão ser aplicados
ao solo, podendo provocar sérios problemas de toxicidade. Normalmente, a
quantidade de metais pesados encontrados no composto produzido a partir da
parte orgânica dos RSU é bastante inferior a verificada nas lamas de águas
residuais. Quando há separação prévia dos resíduos, a concentração de metais
pesados é ainda menor. A compostagem de lamas de águas residuais com a parte
orgânica dos RSU é uma solução para reduzir a concentração de metais nas lamas.
omelhordabiologia.blogspot.com/2010/08/feira-de-ciencias.html